Uma sala de aula pode mudar o mundo

Conheça Jhudy Souza, um jovem líder brasileiro da LALA que está mudando o mundo por meio da educação.

"Em meio a muitos poemas escritos, eu desenhei quem eu quero ser. E é para a sala de aula que voltarei sem nem mesmo sair dela. Não vou parar de aprender, nem mesmo de me abrir para o novo, que é ensinar. A palavra que serve de abrigo eu trago comigo".

Jhudy Souza

Você já sentiu o amor de alguém por uma causa palpável por meio de um simples discurso?

Aqueles que participaram do Fórum de Reconstrução da Educação, em 2023, podem dizer sim! Ao final do discurso apaixonado de Jhudy, os aplausos de uma plateia encantada com seus versos ecoaram pelo salão. O poema, escrito especialmente para o evento, revela em breves linhas sua gratidão e amor pela educação há anos.

Esses sentimentos se enraizaram durante o ensino fundamental por meio do programa federal brasileiro "Mais Educação", que promove a educação em tempo integral por meio de aulas extras de artes, atletismo e outras para alunos de escolas públicas.

Pouco a pouco, a obrigação de ir à escola se tornou um prazer devido ao ambiente acolhedor e às pessoas que ela encontrou lá, inclusive seus professores. Ela encontrou neles o apoio que não sabia que precisava para dar seus maiores voos como uma jovem líder. Talvez tenha sido assim que Jhudy descobriu o combustível primordial de qualquer mudança.

Acreditar é o combustível primordial!

"Certas coisas são possíveis porque certas pessoas também acreditaram em mim. Quero ser a mudança para outros jovens, dentro e fora da sala de aula. [...] Ser professor foi a forma que encontrei para voltar à sala de aula sem sair da escola.[...] Quero ser alguém que leve luz, conforto e acolhimento aos meus alunos."

A jovem Jhudy, de 19 anos, até hoje não sabe como - nem quando - a educação a escolheu para ser uma de suas guardiãs. Talvez isso tenha acontecido em sua primeira aula de artes ou capoeira ou mesmo após a primeira palavra de incentivo de sua professora, Tânia. O fato é que, para ela, ser professora é ser agente de mudança porque a educação é a mudança!

Construindo seus próprios horizontes

"Não sou um grande fã da ideia de que os jovens são o futuro do Brasil; gosto mais da ideia de que somos o presente."

Levando essa ideia em seu coração, Jhudy ultrapassou os limites sempre impostos a mulheres negras e pobres como ela. Tornou-se Jovem Embaixadora e realizou o sonho de sair do país da melhor forma possível: representando a Bahia e o Brasil nos EUA com 49 jovens que, como ela, acreditam no poder do impacto social e da educação.

Além disso, como voluntária na Globalizando, Jhudy vem lutando há anos para democratizar o ensino do idioma. Ela foi conselheira estudantil na Fundação Lemann em 2022 e atualmente está mudando a América Latina sendo uma LaLeader!

Jhudy é uma semente. ''[...]Ela não teme ser a primeira e sabe que não será a última''. Esse é o trecho final da categoria pioneira do prêmio Mude o Mundo Como Uma Menina 2023, no qual Jhudy é finalista. Ela já muda o mundo como uma menina, sendo a potência que é. Ela é um mosaico cujas partes são o que ela é. Ela é um mosaico cujas partes são formadas por experiências, pessoas, projetos, choros e risos, mas, acima de tudo, ela é a semente de uma mudança ainda em construção: a educação.

Ela quer mudar o mundo a partir de uma sala de aula, e aqueles que a conhecem têm certeza de que ela conseguirá!

Esta entrevista foi agendada por Nicolle Cardoso, escrita por Elizabete Fernandes e editada por Carlos Bomfim. Eles fazem parte da Equipe Voluntária de Produção de Mídia da LALA.

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