BLB2, julho de 2018, recapitulação

Na semana de 8 a 15 de julho, tivemos a terceira edição dos Acampamentos da LALA. O programa de desenvolvimento de liderança, com duração de uma semana, foi realizado em São Paulo, Brasil, em parceria com a Amana-Key, uma das principais empresas de educação executiva e consultoria do Brasil. Oscar Motomura, CEO da Amana-Key, compartilhou conosco uma visão comum sobre o poder da liderança e da transformação social na América Latina e foi muito generoso e gentil ao nos oferecer o belo campus da Amana por uma semana.

Como organizador do Acampamento, trabalhei com Antonio Rodriguez e David Baptista, os dois principais facilitadores do programa, para tornar essa experiência envolvente e única para o nosso grupo. Após um intenso processo de seleção, com mais de 150 candidatos, 30 alunos de 15 a 19 anos foram selecionados, formando o grupo mais diversificado até agora. Os alunos tinham uma ampla gama de experiências e interesses, vinham de diferentes origens socioeconômicas e representavam 15 estados brasileiros. Todos eles abraçaram o ideal de liderança servidora em que acreditamos, tendo demonstrado contribuições à sociedade anteriores em suas ações e um profundo compromisso com a transformação de suas comunidades e escolas.

O currículo do Acampamento foi dividido em quatro pilares principais:

  1. Força de liderança
  2. Inovação social
  3. Aprendizagem socioemocional
  4. Organização da comunidade

Durante toda a semana, os alunos foram desafiados a compartilhar suas histórias pessoais e momentos difíceis com todo o grupo, exercitando a vulnerabilidade que permitiu conexões mais profundas. Eles também foram solicitados a desenvolver e apresentar um projeto de impacto social. Parte do programa também se concentrou em expandir as redes de contatos dos alunos e conectá-los com empreendedores sociais, líderes empresariais e pessoas inspiradoras que poderiam expandir sua visão de mundo e servir como futuros mentores. Pessoas como Vitor Belota, fundador do Litro de Luz, Wellington Nogueira, fundador do Doutores da Alegria, Edgard Gouveia, fundador do Instituto Elos e do Play The Call, Nathalie Zogbi, ex-diretora do Anglo 21, e Marc Kirst, fundador do Prove, passaram um tempo de qualidade com os alunos, compartilhando sua jornada de impacto social e tendo conversas muito profundas sobre o propósito da vida, educação, política e impacto social.

Todas as partes do programa foram lindamente projetadas, mas três momentos especiais resumem o tom de todo o acampamento:

  1. A primeira foi a visita ao Instituto Favela da Paz, um dos projetos de impacto social mais emblemáticos dentro de uma favela em São Paulo, onde os alunos ficaram impressionados com o forte senso de comunidade, os valores, o amor e a gentileza adotados por todos ali, e foram profundamente tocados pelo líder comunitário Claudinho Miranda.
  2. O Jantar de Impacto Social também foi um momento muito poderoso, quando os alunos tiveram a chance de fazer contatos e ter conversas muito íntimas com 15 empreendedores sociais e líderes empresariais do Brasil. No final do jantar, todos os convidados estavam tão inspirados pela vontade dos alunos de se conectar, fazer perguntas e tirar o máximo proveito de cada interação, que o sentimento de positividade e esperança em um futuro melhor encheu toda a sala - e nossos corações.
  3. As Apresentações Finais dos alunos encerraram a semana com uma nota alta. O grupo teve de organizar um evento de três horas para mais de 60 convidados, no qual tiveram de compartilhar suas experiências de aprendizado e apresentar os projetos que desenvolveram durante o programa. A multidão ficou admirada com o profissionalismo, a eloquência e a criatividade de cada grupo, que envolveu o público do início ao fim. Os pais, professores e mentores não poderiam estar mais orgulhosos deles.

O Acampamento de Liderança Brasileira foi definitivamente um grande sucesso e a confirmação de que precisávamos: Sim, os alunos, professores e a sociedade como um todo não só se beneficiariam do trabalho e da visão da LALA, como também estão realmente exigindo esse tipo de experiência transformadora. Mal podemos esperar para começar a expandir esse trabalho por toda a América Latina.

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